Tudo bem, eu confesso. Nosso querido amigo Einstein deve estar se revirando depois do meu título. Se ele estivesse aqui, certamente diria que "não é bem assim e tal", mas, no final das contas, qual seria mesmo o sentido de tentar entender Física quando só se quer falar de novelas?
Deixando então a "Teoria da Relatividade" para os físicos, cá me pego pensando como as situações podem ser relativas. Escutar uma música enjoada, por exemplo, pode não ser tão agradável quanto ouvir milhares de vezes àquela canção que lembra seu primeiro namorado. Da mesma forma, é óbvio que, quando estamos vendo uma aula chata, o tempo demora muito mais para passar do que quando estamos nos divertindo com amigos. Sendo assim, Einstein que me desculpe, mas, como é possível resistir à tentação de dizer que "tudo é relativo"?
Transportando todo o caso para o mundo das telenovelas, é fácil perceber que a situação não é muito diferente. Se, em uma determinada trama, estamos adorando ver a vilã reescrevendo o livro das maldades, em outra, passamos a desejar que a mocinha se imponha mais, impedindo que novas crueldades sejam feitas. Se ontem estávamos adorando o jeito ágil e irreverente de fulaninho escrever suas tramas, hoje em dia a sua nova obra parece estar desmoronando com pontos cada vez menores de audiência.
No meio desse vai-e-vem de desejos e posições do público, o que não falta é emissora tentando prever um mínimo de regularidade, de forma que se possa produzir fórmulas prontas para o sucesso. Afinal, se não dá para evitar os critérios subjetivos em que a relatividade se propaga, pelo menos que se tente descobrir aquilo que costuma agradar o telespectador, evitando, assim, surpresas e/ou decepções para ambos os lados.
No meio desse vai-e-vem de desejos e posições do público, o que não falta é emissora tentando prever um mínimo de regularidade, de forma que se possa produzir fórmulas prontas para o sucesso. Afinal, se não dá para evitar os critérios subjetivos em que a relatividade se propaga, pelo menos que se tente descobrir aquilo que costuma agradar o telespectador, evitando, assim, surpresas e/ou decepções para ambos os lados.
De qualquer sorte, descobrindo ou não um parâmetro, vale a pena notar que nenhuma obra ou escritor, por maior que seja o seu reconhecimento, consegue escapar à relatividade que nós pobres mortais depositamos em tudo aquilo que nos rodeia. Afinal, se a própria "Teoria da Relatividade" deveria ser relativa para alguém, por que é que as nossas novelas ficariam de fora?
Por Renata Cerqueira
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