domingo, 17 de junho de 2007

Por Trás da Batina


Aproveitando a recente visita do papa Bento XVI ao Brasil, esse post vem mostrar como algumas telenovelas têm representado a figura dos padres católicos brasileiros.

Jovem ou velho, rebelde ou conformado, o padre tem sido figura constante e de extrema importância nas telenovelas. Sempre ouvindo confissões (muitas delas, atreladas aos principais mistérios das tramas, como crimes e traições), por trás da batina, muitas vezes, há um mundo desconhecido, que difere de uma novela para outra.

Na ficção, há diversos tipos de padre. Há aqueles que respeitam os dogmas católicos, seguindo, à risca, o celibato e chegando a punir-se (quem nunca viu as “autochibatadas”?) só por pensarem coisas mais quentes.

Existem, também, aqueles mais velhos, geralmente de igrejas de cidades pequenas e antigas, que levam a vida bebendo vinho, fofocado “ de leve” e encobrindo as loucuras de amor do casal protagonista.

E temos aquele padre que, semelhante ao primeiro tipo citado, luta contra seus próprios instintos, para não ceder ao pecado da tentação, mas não resiste e acaba se rendendo ao amor, abandonando a batina.

É claro que, como quase toda ficção em TV, esses perfis são, apenas, representações de um objeto real, podendo ser construídos de forma simplificada e estereotipada.
Márcia Leite, na sua coluna “O Povo Brasileiro Vive ‘No Limite’ da Casa do Brother”, mostra um pouco da presença dos estereótipos em programas televisivos, através de comparações entre novelas e Big Brother. (http://www.tvebrasil.com.br/educacao/colunas/coluna_2b.htm)

De forma caricaturada ou não, entretanto, essas são algumas das maneiras mais recorrentes de encontrarmos a figura do padre católico nas tramas brasileiras de TV. Culpado, fofoqueiro ou homem apaixonado, mais do que nunca (sem trocadilhos!), constatamos que há muito mais coisa do que se pode imaginar por baixo de uma simples batina.

por Juliana Lopes

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