quinta-feira, 14 de junho de 2007

Um outro desabafo nada Jornalístico*

*embora a proposta do blog seja jornalística, aqui também há espaço para um ou outro texto de caráter mais subjetivo, uma vez que também de idiossincrasias vive o homem.


Novela indo embora é sempre sinônimo de tristeza, certo?

Bem, tratando-se do final de Pé na Jaca, a resposta certamente é um estrondoso "não". Acho até que é uma questão pessoal mesmo, confesso. Tanto é que, mesmo sem gostar da trama, consigo reconhecer que a novela soube imprimir um ritmo narrativo e um conjunto de referências que fogem da tradição da teledramaturgia brasileira. No entanto, mesmo assumindo tudo isso, continuo achando que algo de importante se perdeu pelo meio do caminho... e, pelo menos pra mim, esse algo fez toda a diferença entre gostar ou não da novela - e, de fato, eu detestei.

Um dos pontos que mais me incomodou na trama, por exemplo, foi o fato de não conseguir acompanhá-la. Bastava eu ficar um ou dois dias sem assistir à novela, e pronto! Já não mais podia entender o que estava se passando. Senti falta da repetição que é característica das produções seriadas televisivas... até porque, como se sabe, um dos principais objetivos dessa repetição é justamente fazer com que o público não fique pelo meio do caminho na história - mais ou menos como eu fiquei desde o início em Pé na Jaca...

Mas, só para deixar claro para os fãs dos ritmos narrativos mais acelerados, a velocidade com que as histórias se desenrolavam não consituiu a única razão do meu desgosto diante da trama. A presença de personagens caricaturais também não me agradou; ao contrário, ficou parecendo muito mais uma tentativa simplista de tentar provocar risadas no público - o que, de fato, acabou acontecendo mesmo...

É por essas e outras que hoje (dia de último capítulo) eu estou muito feliz! Afinal, já faz algum tempo que descobri que prefiro muito mais correr o risco diante dos sete pecados capitais, do que ter que enfiar, todo dia, o meu querido pé na jaca - e pior, ainda ter que tentar rir com isso.


Por Renata Cerqueira

2 comentários:

Larissa Paim disse...

Eu sabia q vc acabaria postando algo sobre o fim da novela... diz q ñ entende, q ñ gosta, nem consegue acompanhar, mas ñ é q foi um bom assunto para post? Hum...

Olha, eu acho q vc está meio errada no quesito "não houve repetições". Nessa novela, especificamente, houve várias. A começar por boa parte do elenco, saído diretamente do Meio Oeste dos EUA (Bang Bang) para Deus Me Livre (Cruz Credo, segundo Tutu). Depois, as histórias das novelas de Carlos Lombardi, realmente, parecem se repetir sem fim - e eu digo logo q adoro e assisto sempre. Depois, as indas e vindas de Lance e Maria e as maldades de ElizabeTH aconteceram tanto ao longo da novela, q foi uma surpresa qdo o super-herói Tico se viu apaixonado por Gui (uma quedinha apenas, ainda bem!), ou qdo a irmã de Bete, Leila (a q era apenas burrinha, mas mto da esperta), se revelou ainda mais vilã e maldosa.

Minto ñ: eu gosto desses mocinhos do Carlos Lombardi q, embora ñ tenham um bom estoque de camisas, andam por aí mostrando força pra ajudar os outros e provando q os bons sujeitos podem existir. E tb das mocinhas maluquetes, hiper independentes q se rendem à força do coração. E, claro, tb dos vilões q, embora cheios de maldade, têm um q de seres humanos e um charme cômico.

E larga de ser preconceituosa com o lance dos personagens caricaturais - na cpi, na juventude, no casamento, nas fugas ou vinganças: tudo mundo já enfiou o pé na jaca uma vez...

De qualquer jeito, boa sorte para a nova novela pq eu soube q audiência nos dias de hj é algo mto complicado.

A Novela disse...

Querida leitora fofíssima,

Seu comentário fez com que eu parasse para refletir por alguns instantes e, após quinze horas de pensamentos inquientantes, percebi que me expressei mal por duas vezes no meu texto.

1º foi precipitado dizer que a novela não tinha repetição. Não poderia falar isso de algo que, como deixei claro no texto,não acompanhei detalhadamente (eu até que tentei, mas a novela n colaborou...).

Acho que, na verdade, as coisas poderiam até se repetir um milhão de vezes na novela, mas o que atrapalhava a minha atenção era o ritmo acelerado... normalmente, as tramas não apresentam essa velocidade (característica de Lombardi...).

Em Pé na Jaca, as histórias até que poderiam se repetir várias vezes por semana, mas isso n muda o fato de que é difícil acompanhar algo que você não vê todo dia e que, justamente nos dois capítulos que vc n viu, tudo toma um outro rumo, mesmo que o ponto de chegada acabe sendo o mesmo ponto de partida. Vira uma confusão! A linha narrativa é tão rápida que parece não existir.

2º na verdade, o que me incomodou em Pé na Jaca não foi a presença de personagens caricaturais, mas a CONSTRUÇÃO que foi feita deles. Ou seja, expressão falha de novo. Mas aqui eu não saberia te explicar de maneira muito objetiva... como o título do texto já indicou, é uma questão pessoal. Achei Murilo Benício bem 'Zorra Total'... sem graça e forçado. Pelo menos pra mim, humor tem que sair de forma natural... nada muito 'ornamentado'.

enfim! espero ter respondido seus pontos, se n te espanco na faculdade!

beijos, fofíssima!