R.I.P.

Aproveitando o clima tenso deixado desde o post sobre espíritos, o blog A Novela traz um pequeno guia que te ensina a entender os vários tipos de mortes exibidas pelas telenovelas brasileiras.


Acompanhe a classificação:


Relâmpago - acontece logo no primeiro capítulo. O pobre do ator/atriz nem chega a ter tempo de trocar figurinhas com os colegas de trabalho: é entrando e saindo. Ex. Lucas (Henrique Ramiro), em O Profeta.

Elástica - é a morte prevista, desde o início, para ir ao ar no décimo quinto capítulo, mas que só acaba acontecendo mesmo lá pelo trigésimo. Geralmente a emissora, nesse meio tempo, recebe chuvas de apelos, implorando que o escritor mude de idéia. Quase sempre esforço no lixo. Ex. Nanda (Fernanda Vasconcellos), de Páginas da vida.

Sherlock Holmes - é o famoso "quem matou fulano". É aquele esquema: até que provem o contrário, todos são suspeitos. Isso porque, coincidentemente, os personagens da novela inteira resolvem agir de forma estranha no mesmo dia e momentos após o assassinato. Ex. Quem matou lineu? Quem matou estevão? Quem matou Lopo? Quem matou o Barão Henrique Sobral?

Já não era hora - Geralmente exibido já no final da novela, esse tipo de morte representa um dos momentos mais aguardados pelo público. Trata-se da tão especulada e, para o público, tão merecida, morte do vilão. É quando cabeças rolam do lado de lá, e gritos de vitória se aglomeram do lado de cá. Quase uma antecipação da Copa do Mundo. Ex. Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), de Senhora do destino.

Por favor, não! - Tipo de morte que mais provoca lágrimas no público. Funciona mais ou menos assim: do nada, o escritor resolve fazer com que um dos personagens mais fofinhos e simpáticos da trama bata as botas. O público não entende, eu também não, mas fazer o quê, né?
Ex. Gennaro (Raul Cortez), de Esperança.

Te peguei! - é aquela situação em que uma personagem forja a própria morte, fazendo com que todo mundo da trama acredite que ela passou dessa para melhor. Mas, quando menos se espera, surpresa!!! Olha quem está de volta! E o púbico, por sua vez, delira no 'eu já sabia!'. Ex. Bia Falcão (Fernanda Montenegro), de Belíssima.


Por Renata Cerqueira