sexta-feira, 11 de maio de 2007

Estica-e-Puxa


Como a estética pode “robotizar” atores? Não se trata de julgar a qualidade da atuação destes, coisa que já foi feita em outro post. A questão é saber como algumas mudanças que os artistas fazem no visual podem influenciar no seu trabalho nas telenovelas.

Para exemplificar a situação mencionada acima, ninguém melhor do que a “semi-humana” Vera Fisher. Foi tanto silicone que a pobre coitada quase pára de andar. “Dura-feito-um-pau”, ela parece ser guiada pelos enormes volumes que compõem sua comissão de frente. A criatura, quase robô, não consegue nem mexer mais a coluna.

Outra prova concerta (“concreta” mesmo) de que nem sempre vaidade é algo bom para as novelas é a atriz Sônia Braga. Depois de anos longe do país, a inesquecível “Gabriela” voltou outra (“máquina”). Também estática e inexpressiva, Sônia parece que “se esticou demais”. Na tentativa de voltar à pele de Gabriela, a atriz não consegue mais representar metade das emoções que um personagem precisa ter. É, praticamente, uma versão feminina do inesquecível cigano Ígor (ele mesmo!).


Embora muitos neguem, beleza, principalmente em novela, ainda é fundamental, sim! Pelo menos, para o ator que deseja ter um papel de destaque. Mas há um limite na vaidade. O exagero, além de servir como arma oposta para a qual cirurgias e botox têm sido utilizados, acaba por interferir na própria atuação dos “artistas-robôs”.



por Juliana Lopes.

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