segunda-feira, 21 de maio de 2007

O desfecho de um Café da Manhã


Ainda seguindo o princípio de que as novelas tentam, mas não conseguem representar a realidade, o blog A Novela vem, nesse post, mostrar algumas evidências que sustentam a afirmação acima.

Em primeiro lugar, ninguém nunca se perguntou COMO um personagem que está, lá, com cara de abestalhado, lembrando do beijo que deu, minutos antes, no grande amor da sua vida, consegue reproduzir todas essas recordações do mesmo ângulo que nós, receptores, enxergamos tais cenas?

Nas novelas, um personagem, ao recordar algum fato, vê suas lembranças se desenharem na memória, igual àqueles que as enxergam de fora. Como pode uma pessoa conseguir se ver durante um beijo? Quem consegue a proeza de ver o biquinho que fez na hora de beijar alguém?

Fora essa, que sempre considerei a falha mais curiosa, existem outras falhas bestas que diferem a vida comum daquela enquadrada na telinha. Por exemplo, nas novelas, os telefones e/ou celulares costumam tocar muito mais do que o normal. Dá tempo de o personagem trocar de roupa, fazer xixi e ainda pegar um copo d’água na cozinha, “se der mole!”.

E o café da manhã? É incrível como as pessoas, nas tramas, definitivamente, não conseguem concluir a primeira refeição do dia. Eu já desisti! Rapaz, com tanta variedade de comida, eu deixei de tentar entender por que os personagens não acordam mais cedo para se esbaldarem naquele vistoso café, já que sempre estão atolados de compromisso!

Olhe, prefiro ficar com a célebre frase de Woody Allen: “a arte não imita a vida” coisíssima nenhuma (ou algo parecido com isso!). Meu celular e meu café da manhã estão, aqui, como provas concretas de qualquer dúvida que ainda possa haver acerca desse negócio de que novela representa a realidade. Só se for a da galera mais abonada financeiramente!


por Juliana Lopes

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