O que Fátima Bernardes tem a ver com Maria do Carmo (“Senhora do Destino”)? Essa é uma pergunta que só pode ser esclarecida se levarmos em conta alguns elementos que existem semelhantes nas novelas e em jornais exibidos na TV.
Independência financeira, mulher apaixonada e apaixonante e mãe carinhosa, do Carmo é uma personagem que, através dessas características, se aproxima muito da imagem que nós, telespectadores, temos da jornalista Fátima Bernardes.
Isso ocorre, porque muitos elementos comuns às narrativas ficcionais, sobretudo às telenovelas, foram incorporados pelo telejornalismo, para que ele pudesse informar o público, através de representações factuais que entretivessem os telespectadores.
O resultado dessa experiência é que, se compararmos jornais e novelas exibidos na TV brasileira, encontraremos mais semelhanças do que qualquer um de nós pode imaginar. Personagens construídos engenhosamente, trilhas sonoras compatíveis com os diversos sentimentos que se deseja obter do telespectador e a escolha de enquadramentos que priorizam os aspectos selecionados na hora da construção do produto são características pertencentes aos dois tipos de programas televisivos.
Como afirma Mozahir Salomão, em sua reportagem “O repórter e as armadilhas da narrativa”, “personagens – essa categoria curiosa do atual telejornalismo – parecem ser algo aquém e além do que histórica e tradicionalmente o jornalismo categorizou como fontes e entrevistados”. (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=284TVQ001)
Fátima Bernardes, portanto, é, apenas, mais uma constatação da presença de elementos ficcionais nos telejornais. Assim como Maria do Carmo, a jornalista “chega” até nós previamente formatada como uma personagem. Na nossa mente, o que predomina é a imagem da esposa ideal, mãe perfeita e profissional exemplar.
Independência financeira, mulher apaixonada e apaixonante e mãe carinhosa, do Carmo é uma personagem que, através dessas características, se aproxima muito da imagem que nós, telespectadores, temos da jornalista Fátima Bernardes.
Isso ocorre, porque muitos elementos comuns às narrativas ficcionais, sobretudo às telenovelas, foram incorporados pelo telejornalismo, para que ele pudesse informar o público, através de representações factuais que entretivessem os telespectadores.
O resultado dessa experiência é que, se compararmos jornais e novelas exibidos na TV brasileira, encontraremos mais semelhanças do que qualquer um de nós pode imaginar. Personagens construídos engenhosamente, trilhas sonoras compatíveis com os diversos sentimentos que se deseja obter do telespectador e a escolha de enquadramentos que priorizam os aspectos selecionados na hora da construção do produto são características pertencentes aos dois tipos de programas televisivos.
Como afirma Mozahir Salomão, em sua reportagem “O repórter e as armadilhas da narrativa”, “personagens – essa categoria curiosa do atual telejornalismo – parecem ser algo aquém e além do que histórica e tradicionalmente o jornalismo categorizou como fontes e entrevistados”. (http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=284TVQ001)
Fátima Bernardes, portanto, é, apenas, mais uma constatação da presença de elementos ficcionais nos telejornais. Assim como Maria do Carmo, a jornalista “chega” até nós previamente formatada como uma personagem. Na nossa mente, o que predomina é a imagem da esposa ideal, mãe perfeita e profissional exemplar.
Embora eu dê “boa noite!” todos os dias a Bonner, terei de continuar, portanto, vendo Fátima por trás da TV, através de uma imagem pensada minuciosamente na sua produção. É isso que dá ficar presa à Facom!
por Juliana Lopes
por Juliana Lopes